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sábado, 2 de janeiro de 2016

Náufrago que sobreviveu “pela fé” a 14 meses no mar é processado por canibalismo; Entenda

Um náufrago que passou 14 meses à deriva no mar e atribuiu sua sobrevivência à misericórdia de Deus, agora está sendo processado pela família de um colega de pescaria, acusado de canibalismo. José Salvador Alvarenga foi resgatado em fevereiro de 2014, nas Ilhas Marshall. Ele e o colega haviam naufragado na costa mexicana em novembro de 2012 enquanto tentavam pescar tubarões. “Achava que ia ficar louco”, disse o homem, que atribuiu à sua fé em Deus a força para sobreviver a tantos meses de isolamento. Alvarenga relatou que os problemas começaram quando estavam a 70 Km da costa do México e um vento forte começou soprar do norte. Sem motor, ele e seu ajudante, Ezequiel Córdoba, ficaram à deriva no barco de pesca. O jovem, que tinha entre 16 e 18 anos, morreu quatro meses depois por não conseguir se alimentar de animais crus. “[Ezequiel] aguentou quatro meses. Mas depois fiquei sozinho. ‘Meu Deus, quando vou sair, quando vai me levar?’, eu pensava’”, disse o náufrago, que afirmou ter lançado o corpo do colega ao mar, além de precisar ingerir água da chuva ou sua própria urina, e comer peixes, tartarugas e aves, todos crus. “Levantava esperando patos, pássaros que viessem à minha lancha”, disse, acrescentando que passava os dias “sentado, vendo o céu, vendo o sol”. Agora, Alvarenga – que é considerado o náufrago que sobreviveu no mar por mais tempo – é processado pela família do colega, que pede US$ 1 milhão (cerca de R$ 3,9 milhões) de indenização, de acordo com a emissora Fox News Latina. Em sua defesa, o náufrago sobrevivente nega que tenha comido o corpo do colega e relata que jamais considerou a hipótese de se alimentar do corpo de Ezequiel, que havia feito dois pedidos na hipótese de sua morte: que Alvarenga não comesse seu corpo; e que ele contasse o que houve à sua mãe.

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